No último período do Plano Quinquenal, entre 2006 e 2010, o consumo de energia no país por unidade de produto interno bruto (PIB) diminuiu 19,1%; para 2015, espera-se que esse índice caia 16% em relação ao nível de 2010.
A China deverá investir US$ 313 bilhões na economia verde para promover um desenvolvimento de baixo carbono no próximo Plano Quinquenal (2011-2015), anunciou no último sábado (24) Xie Zhenhua, vice-ministro da Comissão de Reforma e Desenvolvimento Nacional (NDRC), ao jornal China Daily.
Entre as medidas para estimular uma economia mais sustentável, Xie afirmou que o governo se utilizará de projetos em renováveis, eficiência energética e lançará programas-piloto de baixo carbono em cinco províncias e oito cidades.
“Durante o décimo segundo período do Plano Quinquenal (2011-15), o governo chinês estimulará o desenvolvimento de baixo carbono em dez perspectivas”, declarou o vice-ministro da NDRC.
Um dos aspectos que mais tem tido êxito no desenvolvimento de baixo carbono na China é o planejamento de ecocidades, ou seja, espaços urbanos onde os elementos são organizados e realizados a fim de diminuir o impacto sobre o meio ambiente.
Segundo Lasse Gustavsson, diretor executivo de conservação do WWF Internacional, o sucesso dessas cidades, principalmente Tianjin, é um bom exemplo para outros países, sobretudo os emergentes, e poderá proporcionar experiências semelhantes em outros locais.
“Para estimular o desenvolvimento de baixo carbono, a nova área de Tianjin Binhai distribui 200 milhões de Yuans (US$ 31 milhões) a cada ano para encorajar todos os tipos de projetos que melhorem a economia de energia e a redução de emissões”, explicou He Lifeng, secretário do partido da nova área de Tianjin Binhai.
Nos últimos anos, a China desenvolveu e colocou em prática diversas políticas incentivando a economia de baixo carbono. Como resultado disso, no décimo primeiro período do Plano Quinzenal, entre 2006 e 2010, o consumo de energia no país por unidade de produto interno bruto (PIB) caiu 19,1%, e as emissões chinesas foram reduzidas em 1,5 bilhões de toneladas.
Para o décimo segundo período do plano, entre 2011 e 2015, o governo estima diminuir o consumo de energia na China em 16% com relação aos índices de 2010. Neste mesmo intervalo, espera-se que a relação entre a entrada e saída de recursos aumente em média 15%.
(Por Jéssica Lipinski, Instituto CarbonoBrasil, com informações de agências internacionais, 26/09/2011)