Depois de cumprir a meta de eliminação do uso dos clorofluorcarbonos (CFCs) antes do prazo, o governo brasileiro quer antecipar o fim da utilização dos hidroclorofluorcarbonetos (HCFCs). Os hidroclorofluorcarbonetos substituíram os CFCs, mas também afetam a camada de ozônio e ainda agravam o efeito estufa.
Os HCFcs são usados para refrigeração e ar condicionado de grandes edificações, para a fabricação de espuma de assentos, volantes e encostos de veículos e em embalagens térmicas.
A meta assumida pelo Brasil prevê a eliminação gradual dos HCFCs até 2040. No entanto, segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o compromisso poderá ser adiantado em dez anos. “O Brasil é considerado um dos países com melhor desempenho no Protocolo de Montreal [da Organização das Nações Unidas]. A expectativa é que a gente possa antecipar de 2040 para 2030 a meta dos HCFCs”.
Atualmente, o Brasil consome 1,3 mil toneladas de HCFCs por ano. Esse montante deverá ser mantido até 2013. A partir daí, serão calculadas reduções de 10% até 2015, 35% até 2020, 67,5% até 20205, 97,5% até 2030 e 100% até 2040.
O Brasil recebeu US$19,5 milhões do Fundo Multilateral para Implementação do Protocolo de Montreal, que regula a eliminação de HCFCs, para investir na conversão tecnológica de 386 indústrias do setor de espumas no país. “Vamos investir na troca de equipamentos e na qualificação e manutenção das novas plantas industriais”, adiantou a ministra.
(Por Luana Lourenço, com edição de João Carlos Rodrigues, Agência Brasil, 13/09/2011)