Levantamento feito pela organização ambiental WWF aponta uma redução na quantidade de exemplares de elefantes-da-floresta (Loxodonta cyclotis) dentro do Parque Nacional de Taï, na Costa do Marfim. De acordo com a pesquisa, atualmente existem 189 mamíferos desta espécie habitando a região, enquanto que há 30 anos, data do último levantamento feito, a quantidade era de 800 elefantes.
O censo foi feito a partir da contagem das fezes dos animais espalhadas pelo parque, devido à dificuldade de visualizar os espécimes. A margem de erro possibilita que o número real de elefantes-da-floresta pode estar entre 54 e 324.
Segundo o WWF, o elefante-da-floresta é uma subespécie do elefante-africano e habita regiões tropicais, com muitas árvores, da África Ocidental e Central. "Descobrimos que esses animais têm evitado frequentar regiões onde há caça ilegal feita por gangues, em regiões próximas a fontes de água", disse Lamine Sebogo, coordenador do programa "Elephant", do WWF.
Durante o estudo, foram ouvidos disparos e descobertos cartuchos de balas vazios. O Parque Nacional de Taï foi declarado patrimônio da humanidade em 1982 e é lar de espécies raras, como o hipopótamo-pigmeu, ameaçado de extinção.
O complexo florestal é o maior da região, mas está rodeado por plantações de cacau, café, além de atividades extrativistas e minerais. "Para proteger os elefantes e outras espécies, temos que defender o parque dos caçadores. Mas para isso, é necessário aumentar o financiamento e apoio da comunidade internacional.
(G1, 05/09/2011)