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2011-09-01 | Rodrigo

O pó preto continua chegando à casa dos capixabas e os problemas, antes desconhecidos, estão cada vez mais próximos da realidade da população. Segundo discurso feito na Assembléia Legislativa pelo deputado estadual Gilsinho Lopes (PR), o advogado e ex-deputado Nelson Aguiar entrou com uma Ação Civil Pública contra a empresa em decorrência da morte de sua mulher.

Conhecido por lutar contra a poluição indiscriminada no Estado, Nelson Aguiar foi informado, durante o tratamento de sua mulher, em São Paulo, “que, se ela não estivesse sob a égide dessa poluição, com certeza o tratamento do câncer que ela contraiu por conta desse pó preto teria um efeito melhor e mais duradouro”.

Segundo o deputado, um requerimento foi entregue à Comissão de Meio Ambiente da Casa, pedindo uma nova audiência pública com o objetivo de dar resposta aos moradores da Grande Vitória prejudicados pela poluição da empresa. “As doenças estão aparecendo e as justificativas são indeterminadas”, denunciou o deputado.

Quanto à Vale, o que se sabe até o momento é que a Wind Fence instalada pela mineradora não apresentou os resultados esperados. Em parte porque não cobre toda a área da empresa, mas a mineradora também conta com o grande volume de produção, autorizado pelo Estado, que, segundo especialistas, o meio ambiente é incapaz de absorver.

Por outro lado, há ainda a omissão da ArcelorMittal, que se nega a contribuir com a sociedade. Ao reafirmar ser sustentável, a empresa vem ignorando os pedidos feitos pelo Ministério Público Estadual (MPES) para minimizar a sua emissão de poluentes no ar da Grande Vitória e se recusa a instalar também a rede Wind Fence em suas dependências.

Ao todo, foram anos de omissão do poder público e o resultado, conforme ressaltado pelos próprios deputados, são pessoas sofrendo de doenças respiratórias.

Segundo o deputado José Esmeraldo (PR), se for constatado que o câncer que levou ao falecimento da mulher do ex-deputado federal Nelson Aguiar ocorreu devido à inalação desse pó de minério, o fato pode ser considerado tremendo e terrível.

Segundo os deputados, para a audiência pública sobre o pó preto serão convidadas as empresas poluidoras e também o advogado e ex-deputado Nelson Aguiar. A informação é que o diagnóstico dado em São Paulo para o caso da mulher do advogado era que, se a paciente não retornasse ao Estado – convivesse com a poluição produzida aqui –, seu tempo de vida poderia ser prolongado.

Além do pó preto emitido na ponta de Tubarão, são emitidos na região 59 tipos de gases tóxicos e, com a ampliação tanto da Arcelor quanto da Vale, o volume emitido deverá aumentar.

Com a construção de sua 8ª usina, por exemplo, a Vale pretende agregar 7,5 milhões de toneladas de aço por ano à sua produção de 25 milhões de toneladas por ano de pelotas de minério de ferro das sete usinas em atividade (destas, cinco em parceria com outras empresas).

Além disso, a empresa deixou claro que vai otimizar a produção das atuais usinas atingindo uma produção de 39 milhões de toneladas de pelotas de ferro por ano. Na prática, dizem os especialistas, a otimização das sete usinas equivale à sua 9ª pelotizadora, em Tubarão.

Em contrapartida, condicionantes estabelecidas para minimizar a poluição ainda não foram cumpridas, assim como é o caso da ArcelorMittal também, conforme ressaltado por Nelson Aguiar nos diversos debates de que participou sobre o tema.

(Por Flavia Bernardes, Século Diário, 31/08/2011)


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