Um novo projeto de energia solar norte-americano pode ajudar a mudar a perspectiva das energias renováveis no país. Nesta segunda-feira (29), a desenvolvedora de energia limpa NextEra Energy Resources anunciou que sua subsidiária Genesis Solar arrecadou US$ 935 milhões para a construção de uma usina térmica solar com capacidade de 250 MW no condado de Riverside, na Califórnia.
De acordo com o Departamento de Energia (DoE) dos EUA, a iniciativa da maior fornecedora de energia e solar e eólica norte-americana produzirá eletricidade suficiente para abastecer mais de 48 mil lares, e deve aumentar a capacidade de concentração solar do país em cerca de 50%. Além disso, a usina deverá evitar a liberação de 320 mil toneladas de dióxido de carbono por ano.
No total, o projeto arrecadou US$ 935 milhões, sendo US$ 83 milhões em facilidades de créditos do setor privado, US$ 702 milhões em títulos e US$ 150 milhões em empréstimos a prazo, as duas últimas quantias fornecidas pelo DoE.
“Esse financiamento assinala um marco significante no desenvolvimento do projeto Genesis. Estamos satisfeitos tanto com a com a recepção forte dos investidores para esse financiamento, que vemos como uma validação dos nossos esforços de desenvolvimento solar, quanto com o recebimento de uma garantia de empréstimo do Departamento de Energia”, declarou Armando Pimentel, vice-presidente executivo e diretor financeiro da NextEra.
Segundo a Associação das Indústrias de Energia Solar (SEIA) dos EUA, apesar da ameaça da crise financeira, o mercado de energia solar norte-americano vive um bom momento. “O mercado de energia solar dos EUA continua a ser um ponto brilhante em uma economia que seria, de outra forma, sombria”.
“Mas para manter nossa vantagem competitiva, precisamos de soluções pró-ativas dos políticos para obter os investimentos que estão sendo fornecidos no exterior para gerar cadeias fortes de abastecimento solar”, enfatizou Rhone Resch, presidente e diretor executivo da SEIA.
(Por Jéssica Lipinski, Instituto CarbonoBrasil, com informações de agências internacionais, 30/08/2011)