Sob fortes críticas da comunidade japonesa há cinco meses, o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, de 64 anos, renunciou hoje (26). Kan foi alvo de cobranças por causa das suas reações ao terremoto seguido pelo tsunami que atingiu o país em 11 de março e à crise nuclear subsequente. As medidas adotadas foram consideradas insuficientes pela população. Até hoje, os japoneses tentam reconstruir sua vida em decorrência dos prejuízos causados pelos tremores de terra e a radiação.
Kan ficou apenas um ano no cargo. Ele foi o sexto primeiro-ministro a renunciar no Japão em pouco mais de quatro anos. A renúncia de Kan ocorreu no momento que ele se preparava para negociar a questão da reconstrução econômica do país com líderes da comunidade internacional.
Na próxima segunda-feira (29), o Partido Democrata, da base governista, escolherá o sucessor de Kan. Seiji Maehara, um ex-ministro das Relações Exteriores, de 49 anos, está entre os nomes mais cotados para assumir o cargo. Mas Maehara deverá enfrentar a concorrência de outros candidatos que são também da base aliada.
Kan disse hoje que “fez tudo” que estava ao seu alcance para tentar resolver os problemas decorrentes do terremoto e acrescentou que “trabalhou duro”. Segundo ele, o país vai se recuperar e suas expectativas são as mais positivas, apesar das circunstâncias.
(Por Renata Giraldi*, com edição de Graça Adjuto, Agência Brasil, 26/08/2011)
*Com informações da agência pública de notícias do Japão, a NHK, e a BBC Brasil.