A Potássio do Brasil, empresa brasileira com sócios locais e internacionais, confirmou ontem o potencial para potássio de classe mundial na bacia Amazônica. Segundo a empresa, poderão ser descobertas "múltiplas jazidas".
A confirmação foi realizada pela perfuração PB-AT-11-09, que interceptou minério de potássio com teor de 39,94% KCl (cloreto de potássio) e espessura de 1,82 metro a uma profundidade de 843,08 metros na cidade de Autazes, no Amazonas.
Sócios da empresa, reunidos na mineradora Falcon Metais, venceram em 2008 licitação da Petrobras para exploração de Fazendinha. Mas o processo foi interrompido pelo governo na época sob alegação de que a política para o setor seria revista, o que não foi feito até hoje.
Enquanto aguardavam a decisão do governo, alguns sócios da Falcon -brasileiros, canadenses e australianos- adquiriram outros direitos minerários na região. Na primeira perfuração da área obtida no DNPM (Departamento Nacional de Pesquisa Mineral), a Potássio do Brasil comprovou o potencial de grande porte da mina.
Na época, a empresa planejava fazer IPO para obter recursos necessários para desenvolver o negócio, operação agora adiada para 2012. A estimativa da companhia é que sejam necessários de US$ 3,5 bilhões a US$ 4 bilhões para produzir anualmente 4 milhões de toneladas de cloreto de potássio.
"A empresa está em processo de captação de recursos da ordem de US$ 100 milhões tanto no Brasil como no exterior", informou em nota. O governo brasileiro luta para reduzir a dependência de fertilizantes importados. No caso do potássio, utilizado na produção de fertilizantes, o país importa cerca de 90% da demanda anual.
(Reuters / Folha de S. Paulo, 23/08/2011)