O coordenador executivo da Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Brice Lalonde, disse hoje (18), no Rio de Janeiro, que o evento marcado para junho do ano que vem não será um espaço para lamentar a situação do mundo, mas para traçar soluções para uma vida melhor.
Segundo Lalonde, a Rio +20 será a conferência da população jovem e dos países de economia emergente, onde o Brasil terá um papel de destaque.
“A situação das diferentes nações não é a mesma de 20 anos atrás [quando ocorreu a Rio-92]. Existem novos centros de poder, um novo mundo, novos atores e o Brasil é um dos atores desses novos centros. Precisamos da liderança brasileira especialmente porque podemos ver o sucesso brasileiro em diferentes áreas como economia, solidariedade social e, espero, em proteção do ambiente”, observou.
Para Lalonde, os temas prioritários do encontro serão a fome, o crescimento da população mundial e a situação de mais de 1 bilhão de pessoas que vivem, hoje, à margem da miséria no mundo.
O coordenador também destacou o debate sobre o uso da energia no planeta. Segundo ele, a produção de petróleo já chegou ao limite e é o momento de investir em energias renováveis. “Para que isso seja possível, é preciso investimento por parte dos países para que o custo dessa energia renovável seja reduzido.”
O coordenador da Rio +20, que já foi ministro do Meio Ambiente da França, ainda lembrou que a responsabilidade sobre o planeta não pode recair apenas sobre o governo. “Empresários e sociedade civil precisam estar comprometidos”, disse Lalonde. Diante do novo cenário do planeta, ele defendeu uma Organização das Nações Unidas moderna, atuando em três pilares: “paz, pessoas e planeta”.
Lalonde está em visita oficial ao Brasil até o próximo dia 23. Nesse período, ele vai se encontrar com representantes de governo e da sociedade civil brasileira para tratar dos preparativos para a conferência.
(Agência Brasil / Instituto CarbonoBrasil, 19/08/2011)