A Amazônia perdeu 225 quilômetros quadrados (km²) de floresta em julho, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em relação a junho, quando os satélites registraram 312,6 km² de desmate, houve redução de 28% no ritmo da derrubada.
O Pará liderou o desmate na região em julho, com 93,7 km² de novas áreas derrubadas, seguido por Rondônia, com 52,4 km², e Mato Grosso, com 51,4 km². No Amazonas, as derrubadas atingiram 16 km² de florestas, em Roraima, 5,5 km², no Maranhão, cerca de 3 km² e no Tocantins, 2 km². A cobertura de nuvens impediu a visualização de 7% da Amazônia Legal, segundo o Inpe.
Os dados são do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), que monitora áreas maiores de 25 hectares e serve para orientar a fiscalização ambiental. Além do corte raso (desmatamento total), o sistema também registra a degradação progressiva da floresta.
Apesar da queda de 28% entre junho e julho, no acumulado entre agosto de 2010 e julho de 2011 (calendário oficial do desmatamento), a tendência é aumento. No total, o desmatamento medido pelo Deter atingiu 2.654 km² nos últimos 12 meses, contra 2.295 km² no período anterior (agosto de 2009 a julho de 2010), aumento de 15%.
A taxa anual de desmate é calculada por outro sistema, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que é mais preciso, por avaliar áreas menores. No entanto, apesar da metodologia diferente, a avaliação do Deter costuma antecipar os resultados do Prodes. Em 2010, a taxa anual foi 6.451 km², a menor registrada pelo Inpe desde o começo do monitoramento, em 1988.
(Por Luana Lourenço, com edição de Aécio Amado, Agência Brasil, 17/08/2011)