O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai conceder subsídios no valor de US$ 510 milhões para estimular a produção de biocombustíveis que não sejam processados a partir do milho. O objetivo é encorajar o desenvolvimento comercial de um setor que não tem crescido na mesma velocidade pretendida pelo governo.
Os recursos cobrirão os custos de construção e readequação de refinarias para os chamados biocombustíveis avançados, produzidos a partir de resíduos de animais, algas e outros materiais. O produto resultante poderá ser usado em aeronaves, navios e outros equipamentos. O governo disse que vai solicitar propostas de adesão do setor privado até o final deste ano. Os interessados terão que investir US$ 1 para cada dólar recebido do governo.
A Marinha dos EUA comprará o combustível como parte de um compromisso de obter 50% da energia de que necessita de fontes não fósseis até 2020, disse o secretário Ray Mabus. "Não posso enxergar nada mais vital para a segurança nacional do que a independência energética e a diversificação de nossas fontes de energia", afirmou.
A iniciativa foi anunciada durante a viagem que Obama faz nesta semana pela região conhecida como Cinturão do Milho, no centro-norte dos EUA, e em meio à queda do apoio político para subsídios para alguns tipos de combustíveis renováveis, como o etanol de milho.
No mês passado, 73 dos 100 senadores norte-americanos votaram pelo fim da tarifa e dos benefícios fiscais que favoreceram a indústria de etanol do país durante anos. A proposta não avançou na Câmara dos Representantes, mas os incentivos fiscais devem vencer no final deste ano.
A indústria de etanol ainda se beneficia da legislação que obriga as refinarias a comprar quantidades cada vez maiores de biocombustíveis. A lei também manda aumentar a oferta de outros tipos de biocombustíveis que não tenham o milho como base de produção. Até agora, contudo, a oferta desse tipo de combustível não ganhou o ritmo necessário para atender as metas legais. As informações são da Dow Jones.
(Agência Estado / G1, 17/08/2011)