Considerado uma das principais lideranças para os povos indígenas no nordeste, Braz, tem lutado para recuperar seu território
Nesta quarta feira (dia 10), a Vara Única da Justiça Federal de Eunapóilis, Bahia, proferiu senteça inocentando a liderança indígena Joel Bráz Pataxó na ação penal em que era acusado de sequestro, roubo e cárcere privado no ano de 2008.
Considerado uma das principais lideranças para os povos indígenas no nordeste, Joel Braz, da Frente de Luta e Resistência Pataxó tem lutado para que o território indígena na região do Monte Pascoal e Parque do Descobrimento, extermo sul da Bahia, seja devolvido aos seus verdadeiros donos.
Segundo nota do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Regional Leste, as acusações decorrem da perseguição e criminalização contra Braz .
"Através de vários processos judiciais, Joel foi condenado ao ostracismo em prisão domiciliar a mais de três anos. Joel Bráz sempre alegou inocência e de sofrer calúnia e perseguição por parte dos fazendeiros, da empresa Veracel -- invasora do território--, de políticos e empresários do turismo na região do Extremo Sul da Bahia. Segundo o depoimento de Braz à justiça, o único crime que cometeu sem ter culpa foi o de ser índio e lutar pelos seus direitos", afirma a entidade por meio de nota.
Ainda segundo a nota, o reconhecimento da inocência de Braz abre espaço para que se faça justiça com outras lideranças "resgatando a sua luta e o reconhecimento do seu povo".
(Brasil de Fato, 12/08/2011)