A Venezuela superou posição historicamente ocupada pela Arábia Saudita e tornou-se oficialmente a maior nação petrolífera do planeta, com 20% das reservas mundiais, segundo boletim anual da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), divulgado nesta segunda-feira (18/07). O estoque venezuelano cresceu e atingiu 296 bilhões de barris. Na Arábia, ficou estagnado em 264 bilhões. As reservas mundiais conhecidas somam 1,467 trilhão de barris, segundo a Opep.
A liderança venezuelana havia sido anunciada pelo governo Hugo Chávez no início de 2010 e apontada em estudos geológicos anteriormente, em decorrência da confirmação da descoberta da maior reserva petrolífera do mundo, na bacia do Orinoco, em 2009. Essa descoberta fez o estoque venezuelano aumentar 40% de 2009 para 2010. Mas ainda não entrara para as estatísticas da Opep, que reúne os grandes exportadores do mundo e controla 81% das reservas conhecidas.
Nos cinco anos entre 2006 e 2010, os estoques petrolíferos da Venezuela triplicaram, enquanto as sauditas permaneceram os mesmos. A Venezuela, que controlava 7% deles, passou a deter 20% agora. No período, as reservas internacionais subiram 20%.
Além de Venezuela e Arábia Saudita, só mais três países possuem reservas superiores a 100 bilhões de barris - Irã, Iraque e Kuwait. Juntas, as cinco nações respondem por dois de cada três barris contabilizados como reservas mundiais.
O Brasil ocupa a 14 posição no ranking, numa lista de 40 países, com 12 bilhões de barris. É mesma posição desde 2006. Os estoques da chamada camada pré-sal ainda não fazem parte oficialmente das estatísticas da OPEP. Caso as expectativas do governo e da Petrobras se concretizem quanto ao potencial do pré-sal, o Brasil pode se tornar o terceiro maior estoque do mundo, com reservas acima de 200 bilhões de barris.
(Carta Maior, 18/07/2011)