Certos tipos de nanotubos de carbono, moléculas cilíndricas com cerca de um milésimo da largura de um fio de cabelo humano, podem causar cancro no revestimento dos pulmões de trabalhadores responsáveis pelo fabrico do material. Esta é a conclusão de uma investigação da Universidade de Edinburg, no Reino Unido, avança o portal ISaúde.
O estudo em ratos de laboratório descobriu os nanotubos de carbono curtos parecem relativamente inofensivos se entraram nas cavidades pulmonares. No entanto, os nanotubos mais longos são mais propensos a ficarem presos nos pulmões e a causarem um tipo de cancro conhecido como mesotelioma.
Os investigadores estão a avaliar o nível de risco envolvido, examinando a forma como muitas das fibras longas estão presentes no ar nos locais de trabalho.
"O fabrico em escala industrial de nanotubos de carbono está a aumentar, com um mercado global de mais de mil milhões de libras. Esta pesquisa mostra que há um risco potencial no fabrico de certos tipos de nanotubos de carbono", afirmou o professor de toxicologia respiratória Ken Donaldson.
A investigação descobriu que os nanotubos de carbono já causaram uma reacção no revestimento do pulmão semelhante à provocada pelo amianto. Fibras mais longas de amianto são mais prejudiciais do que as fibras curtas, pois também ficam presas no interior da cavidade do pulmão, onde podem causar doenças, incluindo o mesotelioma.
O estudo demonstra a necessidade de a indústria de design assegurar que as nanofibras sejam longas o suficiente para serem úteis, mas curtas o bastante para não provocarem doença.
(Portal de Oncologia Português, 17/06/2011)