A Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Município do Rio de Janeiro acaba de lançar uma versão atualizada do Inventário de Emissões dos Gases do Efeito Estufa, em parceria com a COPPE/UFRJ. O documento resultou na criação do Plano de Ação para a Redução de Emissões dos Gases de Efeito Estufa da cidade do Rio de Janeiro. Saiba mais
Segundo a Secretaria, muito mais do que uma radiografia das emissões de dióxido de carbono no perímetro urbano o estudo representa um material muito importante para orientar a política de desenvolvimento da cidade. No documento, a Prefeitura e a COPPE/UFRJ traçaram distintos cenários de emissões dos gases do efeito estufa, indicando rumos que poderão ser tomados.
No cenário B, que considera medidas em andamento tais como (o novo Centro de Tratamento de Resíduos, corredores exclusivos de ônibus Transcarioca, Transolímpica e Transoeste), as reduções estimadas são de 8,3% em 2012, 13,5% em 2016, 13% em 2020 e 11,8% em 2025, comparadas às emissões de 2005, ano base do estudo. Tais metas estão atreladas também às medidas previstas no Plano de Ação da Cidade do Rio de Janeiro para a redução dos gases previamente estabelecidos pela política climática da cidade, como a duplicação da malha ciclo viária, a expansão do programa de reflorestamento, a instalação do Centro de Tratamento de Resíduos e a racionalização dos Transportes coletivos, entre outros.
As metas, no entanto, poderão ser potencializadas com a implementação de outras medidas viáveis, mas que ainda dependem de aprimoramento tecnológico, como o caso da captura do biogás no setor de resíduos, ou de projetos ainda em avaliação pelos técnicos da Prefeitura, como a implementação de lâmpadas LED na iluminação pública. Nesse caso, o cenário mais otimista (cenário C) aponta para uma redução nas emissões de 12% em 2012, 18,2% em 2016, 18,7% em 2020 e 17,5% em 2025.
(Por Julio Andrade, Instituto Ressoar, Consulado Social, 27/06/2011)