Em novas ações para coibir práticas ilegais contra o meio ambiente, Ministério Público e Polícia Civil flagraram mais um caso de crime ambiental. Promotores e policiais identificaram disposição de resíduos sólidos perigosos (com alta capacidade poluidora e de prejuízos à saúde humana) diretamente no solo em uma área de preservação permanente em Igrejinha.
O material era despejado por uma central de resíduos industriais de calçados, vistoriada nesta quarta-feira, 22. O responsável pela empresa foi preso em flagrante e encaminhado ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Participaram da ação o promotor regional de Defesa do Meio Ambiente, Daniel Martini, e os promotores de Justiça Paulo Eduardo de Almeida Vieira, de Igrejinha, Annelise Steigleder, de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, e Daniel Gonçalves, de Três Coroas, além da Delegacia Estadual de Proteção Ambiental (Dema).
O Ministério Público também está investigando se uma empresa de cromagem de Sapucaia do Sul causou poluição da água. No local, vistoriado na tarde desta terça-feira, 21, foram encontrados indícios da presença de cromo hexavalente em um poço que capta água do subsolo. A substância, que é utilizada em banhos de cromagem, pode causar câncer. Segundo o promotor Daniel Martini, há infiltração nas paredes do poço e a coloração da água estava alterada. Foram colhidas amostras para serem analisadas e os resultados devem sair em uma semana. Se for confirmada a contaminação, a empresa terá que fazer um projeto de recuperação de área degradada, para impedir a poluição do lençol freático na região.
Uma empresa de fundição de alumínio também foi inspecionada, com apoio da Delegacia de Roubo de Fios do Deic. No local não foram encontradas irregularidades.
(Por Natália Pianegonda, MP-RS, 22/06/2011)