Projeto para Porto Alegre é baseado na recuperação de rio da Coreia do Sul. Representantes da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) reuniram-se ontem com o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, para apresentar proposta de parceria entre as universidades, governos estadual e municipal e iniciativa privada com o objetivo de revitalizar o arroio Dilúvio. O projeto é espelhado na recuperação do rio Cheonggyecheon, que corta a cidade de Seul, na Coreia do Sul.
Na reunião, foi apresentada a realidade de Seul antes e depois da revitalização do Cheonggyecheon e quais as perspectivas para a cidade de Porto Alegre. Fortunati aprovou a proposta. "Trata-se de um projeto fantástico até mesmo para que a população tenha a correta compreensão da importância do Dilúvio para a cidade". O município de Viamão também deve fazer parte do projeto, considerando que abriga a nascente do arroio.
Fortunati comprometeu-se em fazer articulações entre secretarias municipais e instituições públicas que tenham interesse em participar do projeto. Pucrs e Ufrgs farão levantamentos nas universidades para identificar parceiros, formando assim um grupo de trabalho para a discussão dessa temática. A ideia surgiu a partir de visita realizada à Coreia do Sul, quando dois professores integraram a comitiva do governador Tarso Genro, que esteve no país asiático no início do mês.
Em Seul, os 5,8 km de extensão do rio Cheonggyecheon foram totalmente despoluídos e integrados à comunidade local por meio da criação de um moderno espaço público, com tecnologia de iluminação e sonorização, bares, museu, áreas de lazer e cultura. A ação teve um investimento superior a US$ 300 milhões. "Uma iniciativa desse porte cria um novo paradigma na relação da cidade com o arroio. A prefeitura está determinada a reunir rapidamente os agentes nesse processo e buscar um projeto viável para a realidade de Porto Alegre", disse o prefeito.
O gestor de Relacionamentos do Tecnopuc, Luis Humberto Villmock, informou que as autoridades coreanas estão dispostas a apoiar a elaboração do projeto. "Poderemos unir o conhecimento técnico qualificado dos profissionais do Estado com a rica experiência dos coreanos", afirmou Villmock. Para o pró-reitor de Pesquisa da Ufrgs, João Edgar Schmidt, as universidades têm todo o interesse em unir esforços com o poder público. "Juntos podemos agregar competências e encaminhar solução compreensiva para os problemas, envolvendo os próprios estudantes", ponderou.
(JC-RS, 21/06/2011)