Desde março de 2009, 23 automóveis caíram no arroio Dilúvio, em Porto Alegre. A solução para o problema pode ter início em quatro meses. Esse é o prazo que a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) dá para o início das obras da ciclovia da avenida Ipiranga, que terá 9,4 quilômetros de extensão e será construída graças a contrapartida de recursos da iniciativa privada.
Conforme o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Capellari, o projeto de engenharia está em andamento e há possibilidade de a ciclovia ser construída em uma altura mais elevada em relação à pista de rolamento. "Estamos estudando maneiras de proteger o ciclista. Elevar o meio-fio está entre as possibilidades", disse. Em um curto prazo, a EPTC estuda a implantação de muretas de proteção no cruzamento com a Múcio Teixeira, onde ocorreu a última queda de um automóvel no arroio Dilúvio. A avenida Ipiranga já conta com 350 metros de guard-rails. "Este equipamento requer uma série de estudos, pois, ao invés de proteger da queda, pode acabar provocando uma colisão frontal ainda mais grave ou devolver o carro para a via causando consequências mais sérias", apontou Capellari.
Segundo ele, a avenida é tema de um estudo desde janeiro, pelo alto número de ocorrências. "Num período de um ano, foram cerca de 1 mil acidentes. Excesso de velocidade, desrespeito à sinalização e embriaguez são os principais causadores", explica. Para o consultor na área de trânsito, Mauri Panitz, a Ipiranga apresenta vários problemas nos quase 10 quilômetros de extensão e, para que se evitem novas quedas no arroio, sugere o estudo de cada acidente e dos locais com maior incidência deles.
(Correio do Povo, 20/06/2011)