Cientistas australianos cobram do governo a criação de uma lista de espécies ameaçadas de extinção, no intuito de proteger animais como o urso coala, símbolo do país, que corre risco de desaparecer da natureza.
Estudiosos afirmam que o avanço das zonas urbanas sobre as regiões de proteção ambiental tem afetado a população de coalas, estimada entre 50 mil e 100 mil exemplares. A comunidade científica pede inclusive que o Senado fique atento a este assunto para evitar a extinção da espécie, que sofre com uma nova ameaça: a bactéria Chlamydia.
“Não sabemos a quantidade exata de animais existentes, porque não temos subsídios para complementar o assunto. Mas é certo que a população está caindo", afirmou Alistair Melzer, pesquisador da Universidade de Queensland.
De acordo com o Melzer, os locais mais propensos para a reprodução do mamífero são também os melhores lugares para os seres humanos, ou seja, regiões com solo fértil. Entretanto, ele afirma que esta proximidade pode significar ataques por cães domésticos ou atropelamentos por automóveis aos coalas.
Além disso, os animais que vivem nas árvores sofrem com ondas de calor e seca, eventos que ocorrem com mais frequência no país devido às mudanças climáticas.
Cobrança
Os pesquisadores pedem que os estados reconheçam o risco de extinção, em vez de apenas classificar os animais como 'vulneráveis' ou 'em situação de risco'. “O governo não classifica o coala como animal em extinção porque carece de números precisos. Mas nós não temos subsídios públicos suficientes para uma investigação a longo prazo.
A questão do coala será examinada por uma comissão especial do Senado, que deverá emitir ainda este ano uma recomendação para classificar o animal ‘em perigo’.
(Globo Natureza, com agências internacionais, 17/06/2011)