O ministério brasileiro pretende que a plataforma, com o nome de Wikiflora, fique pronta até Junho de 2012, para ser apresentada na conferência Rio+ 20 (Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável).
O sistema permitirá a investigadores e internautas compartilharem descrições e localizações de espécies de plantas da Amazónia. Todas as informações serão validadas por um grupo de especialistas.
O acervo científico poderá ser consultado pela comunidade através do portal, que contará também com ferramentas de redes sociais e referências geográficas.
Os responsáveis pela iniciativa esperam desenvolver o protótipo da "Wikiflora" em três meses, focado inicialmente apenas na Amazónia. Será avaliada a possibilidade de expandir a plataforma para outras regiões brasileiras.
Um dos objectivos da plataforma é ampliar o conhecimento sobre a flora amazónica, considerando que conhecer a importância das espécies agregaria valor à biodiversidade e ajudaria a promover a sua preservação.
A inspiração para a criação da plataforma surgiu de uma visita do ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, à Reserva Experimental Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazónia (Inpa).
Localizada em Manaus, no Estado do Amazonas, a reserva funciona como um grande laboratório, mas possui apenas sete botânicos para avaliar a área.
Actualmente existem 2.500 espécies catalogadas na Amazónia, que representam apenas um quinto da área total, segundo o investigador do Inpa, Alberto Vincentini.
(CM Jornal, 16/06/2011)