As inundações que ocorreram no vale do rio Mississipi, nos EUA, provocaram uma "zona morta", com baixíssimo nível de oxigênio (O2), ao norte do golfo do México. Será o pior índice desde 2002, segundo o US Geological Survey, instituto de pesquisa geológica americano.
A estimativa, a ser confirmada no segundo semestre, prevê a zona morta com uma área entre 22 mil e 24 mil quilômetros quadrados.
O crescimento da zona morta também interfere negativamente na recuperação do golfo, que sofreu com o vazamento de óleo da BP (British Petroleum) em 2010.
Todos os anos, as águas do Mississipi e do Atchafalaya são despejadas no golfo, fazendo com que as algas aumentem na região. A consequência imediata é a redução da quantidade de oxigênio que garante a existência da vida marinha local.
Para sobreviverem, peixes e crustáceos, entre outras espécies, precisam migrar para outras regiões ou, então, morrem com a falta de oxigênio.
O nitrogênio, com o qual se alimentam as algas, teve um acréscimo de 35% no volume despejado no golfo nos últimos 32 anos.
De acordo com o oceanógrafo Eugene Turner, da Universidade Estadual de Lousiana, a zona morta tem se tornado cada vez maior desde que a medição teve início na década de 70.
(AP, Folha.com, 16/06/2011)