Ambientalistas de diversas ONGs, artistas e políticos estiveram junto com a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) no ato realizado sábado em protesto à demolição da sede da entidade, que ficava no bairro Praia de Belas, em Porto Alegre.
O presidente da entidade, Eduardo Finardi, informou que a Agapan aguarda audiência para os próximos dias com a Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam). Segundo ele, a ideia é conversar sobre a possibilidade de uma nova sede. "Sozinhos, não temos como reerguê-la."
A entidade ainda avalia se entrará na Justiça contra a empresa Peruzzato & Kindermann. Em um ato simbólico, os participantes da manifestação plantaram, no local, uma muda de louro, árvore nativa que, segundo integrantes, representaria a firmeza.
Finardi lamentou a perda de vários trabalhos ambientais com a destruição da sede, que estava instalada há quatro anos na avenida Aureliano de Figueiredo Pinto. "Tínhamos um telhado ecológico feito com grama que estávamos observando os resultados. Também construímos uma parede com tijolos que não precisam de cimento. Recentemente colegas da entidade foram ao Peru observar o trabalho nessa área. Tudo foi perdido", citou.
Na caminhada, clamavam: "Vida longa à Agapan" e "Não vai ser hoje, nem amanhã, que vão podar a luta da Agapan". O caso é investigado pela Delegacia de Polícia de Proteção ao Meio Ambiente, que pretende até o final do mês concluir o inquérito para apurar responsabilidades. Além da prefeitura da Capital, a Smic abriu sindicância. O terreno onde estava a sede da Agapan pertencia ao município e estava cedido para a entidade até 2022.
(Correio do Povo, 13/06/2011)