Na avaliação do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, as usinas termelétricas movida a gás natural e as eólicas (movidas pelos ventos) entrarão em ótimas condições de competitividade nos próximos leilões de energia A-3 e de reserva, que serão realizados pelo governo em julho - o dia ainda não está definido.
No leilão A-3 os empreendedores terão que fornecer o suprimento da energia a ser contratado a partir de 1º de janeiro de 2014, enquanto o leilão de reserva deverá ter a energia disponibilizada a partir de 1º de julho do mesmo ano.
Em entrevista à Agência Brasil, Tolmasquim disse acreditar na competitividade das duas fontes, uma vez que o aumento da oferta de gás natural e a queda nos preços devem atrair os investidores para este tipo de empreendimento, enquanto a maior oferta de equipamentos a preços mais competitivos deve favorecer os empreendimentos que usam a energia eólica.
“Com a contribuição desses fatores, certamente as fontes com o maior peso são as eólicas e as térmicas a gás, praticamente empatadas. Acho que essa será a grande disputa do leilão, embora haja espaço também para outras fontes."
Para o leilão a ser realizado no próximo mês, o presidente da EPE lembra que a empresa contabilizou 30 projetos de geração a gás natural, totalizando 10.871 megawatts (MW) de capacidade instalada.
O volume de empreendimentos com geração a partir do gás natural empata com a capacidade de energia eólica, que, embora tenha levado ao cadastramento de 429 projetos, viabilizará uma capacidade instalada semelhante a das térmicas a gás: 10.935 MW.
Para os dois leilões foram contabilizados 582 empreendimentos cadastrados, entre usinas hidrelétricas, inclusive as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), centrais eólicas e térmicas movidas a gás natural e a biomassa - principalmente bagaço da cana-de-açúcar.
A oferta total dos projetos habilitados será de 27.561 MW de potência instalada, volume que, segundo a EPE, “extrapolou todas as expectativas anteriores ao início do prazo de cadastramento”.
(Por Nielmar de Oliveira, Agência Brasil, 12/06/2011)