Tendo como uma de suas principais metas elevar a participação do carvão na matriz energética do Estado dos atuais 2% para 5,5% até 2023, a Companhia Riograndense de Mineração (CRM) faz balanço positivo dos primeiros meses da nova administração, liderada pelo engenheiro Elifas Simas, que assumiu em 18 de janeiro.
Entre as principais ações está a entrega de quatro caminhões, duas perfuratrizes e uma carreta semirreboque à Mina de Candiota, totalizando investimento de R$ 11 milhões. "A aquisição dos equipamentos faz parte do plano de expansão, diminuindo o processo de terceirização, fazendo com que a CRM se torne cada vez mais fortalecida e pública", afirmou.
Outra ação apoiada pela CRM no que se refere à utilização do carvão como matriz energética foi o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Aproveitamento do Carvão Mineral, pela Assembleia Legislativa. "A chegada do tema da geração térmica à Assembleia irá propiciar avanço na discussão", afirmou o presidente. A Companhia está engajada na proposta da inclusão das termelétricas nos próximos leilões de energia A-5 e no aproveitamento do carvão na geração térmica de energia no Estado.
Simas participou de audiências públicas com o governador Tarso Genro e com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Foi entregue ao ministro nota técnica elaborada com participação da CRM demonstrando o potencial do carvão mineral. Hoje, só 2% da matriz energética do país é baseada no carvão, contrariando tendência mundial de 39%. No RS estão 90% das reservas nacionais, o que representa 5,376 bilhões de toneladas de carvão. "Se as térmicas forem colocadas no A-5 teremos no RS geração de 2.550 MW, 5 mil empregos diretos e ingresso de R$ 8 bilhões na economia", observou.
Para reduzir impactos ambientais com a extração do carvão, a CRM trabalha na construção de uma planta-piloto de beneficiamento de carvão a seco na Mina de Candiota. O sistema será baseado em tecnologia usada na Alemanha para diminuir emissões de gases e cinzas.
(Correio do Povo, 07/06/2011)