A sede da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), localizada na esquina entre as avenidas Aureliano de Figueiredo Pinto e Praia de Belas, em Porto Alegre, foi destruída, na tarde desta segunda-feira, por uma empresa que pretendia instalar uma floricultura e uma pizzaria no terreno.
Trabalhadores que estavam no local afirmaram que foram contratados para demolir o galpão pela empresa Peruzzato e Kindermann. Segundo a Agapan, a empresa tinha um alvará provisório. O documento, no entanto, não está assinado pelo titular da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), Valter Nagelstein, mas por outros servidores da secretaria.
Segundo a secretária-geral da Agapan, Eliara Manfredi, a ONG também tem concessão da prefeitura da Capital para utilizar o espaço. Ela disse que há cerca de cinco anos os voluntários se reúnem lá semanalmente e que a autorização do município vale para 20 anos. Eliara contou que a sede estava sendo adaptada para uma construção auto-sustentável e já tinha, inclusive, um telhado ecológico. A secretária lamentou que todo o trabalho da ONG tenha sido destruído junto com o prédio.
O titular da Smic, Valter Nagelstein, disse que foi alertado da situação no fim da tarde, e que já tomou providências para identificar os autores da falha. Ele afirmou que vai determinar uma apuração rígida do caso. Diretores da Agapan registraram a ocorrência na polícia.
(Por Renata Colombo/Rádio Guaíba/APEDeMA-RS, 06/06/2011)