O Governo Federal, sem consultar o Povo Kayabi e demais etnias atingidas, assinou no último dia dois de junho o contrato de concessão para exploração da usina hidrelétrica Teles Pires, representando um Holocausto Étnico e Ambiental das proporções da UHE Belo Monte, localizada nos Estados do Mato Grosso e Pará. Os investimentos estão estimados em mais de R$ 3,3 bilhões, valor que acrescentará 1.819,8 MW de capacidade instalada e 915,4 MW médios de energia ao sistema elétrico brasileiro.
Segundo o cinismo institucional do governo genocida do PAC, esse adicional é suficiente para abastecer 8% das residências brasileiras – que ficariam melhor à luz de velas. A previsão de início de operação da primeira unidade geradora é para 2015.
A concessão tem prazo de trinta e cinco anos, sendo que, ao fim do período, aos bens e instalações vinculados ao empreendimento passarão a integrar o patrimônio da União, sendo garantida indenização aos investidores pelos gastos não amortizados.
A concessão para construção da usina foi objeto de leilão de compra de energia no dia 17 de dezembro de 2010. O preço de venda de R$ 58,35 por Megawatt-hora pode ser considerado o menor preço de energia elétrica adquirida por meio dos leilões de energia nova. O leilão foi ganho pelas GENOCIDAS Companhia Hidrelétrica Teles Pires S.A., sociedade constituída pela Neoenergia (50,1%); Eletrosul (24,5%), Furnas (24,5%) e Odebrecht (0,9%).
O “respeitável público” terá a chance de observar que daqui a alguns meses, uma das concessionárias – possivelmente a Eletrosul – irá “desistir” e a Vale – maior doadora corporativa para campanhas de Dilma e Lula e cujo maior acionista, coincidentemente, é também o maior doador privado das campanha do PT – irá pegar as ações, chegando até o termíno das construções como sócia-majoritária.
Hoje, das 14 às 17 horas, na Praia de Ipanema, grande Mobilização Contra o Holocausto Étnico e Ambiental e Contra o Terrorismo e o Genocídio de Estado patrocinado pelo do Partido da Aceleração do Capitalismo (PAC), instalado hoje no Congresso e no Planalto, tendo como maior expressão do seu desprezo pela diversidade étnica e ambiental e pela Vida no Planeta, a construção da Hidrelétrica de Belo Monte.
A mobilização serve para protestar igualmente contra a máquina genocida instalada na Funai e na Polícia Federal, a omissão e o cinismo criminosos dos Ministério do Meio Ambiente e da Justiça e a instalação na Câmara Federal de Subcomissão de Hidrelétricas na Amazônia presidida pelo Deputado Genocida Zé Geraldo (PAC), que confrontou os protestos contra Belo Monte em Altamira (PA) e votou a favor do Código Florestal do PCdoB/PAC/UDR.
(CMI Brasil / Correio do Brasil, 05/06/2011)