O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, garantiu que a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), entrará em funcionamento em 2015, conforme o previsto. Ao comentar a concessão da licença de instalação para o empreendimento, Lobão afirmou que, embora o governo federal desejasse que a autorização tivesse sido concedida há mais tempo, a demora não acarretará qualquer prejuízo ao cronograma da obra.
"Não haverá nenhum atraso. Desejávamos que essa licença tivesse sido concedida há mais tempo, pois isso seguramente nos daria mais folga para a construção da obra”, disse Lobão. “Sem dúvida, a primeira máquina haverá de estar funcionando na data prevista, que é 2015", acrescentou o ministro durante a entrevista coletiva em que foram anunciadas medidas socioambientais para reduzir o impacto das obras nas comunidades vizinhas.
De acordo com Lobão, nenhuma hidrelétrica no mundo foi precedida de tantos cuidados e de tantos estudos como a de Belo Monte. Ele destacou que a iniciativa já vem sendo estudada há 35 anos e que nos últimos anos foram realizadas 30 audiências públicas sobre o assunto. O ministro ainda garantiu que nenhuma das 11 comunidades indígenas da região será afetada.
"Nenhuma das reservas indígenas existentes em torno da área do empreendimento será alagada. A mais próxima delas fica a 31 quilômetros da franja [margem] do lago que será criado. Nenhum dos cerca de 1,6 mil índios terá que sair de onde se encontra hoje", disse Lobão.
Ao falar sobre a importância da futura usina para garantir o suprimento de energia elétrica de que o Brasil precisa, o ministro destacou que o desafio é duplicar, em apenas 13 anos, a geração energética a fim de atender às necessidades do país e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente e estimular o desenvolvimento sustentável das regiões onde novas usinas serão construídas.
Somente no ano passado, lembrou Lobão, o consumo de energia aumentou 7,8% em comparação a 2009. Quando estiver funcionando plenamente, a Usina de Belo Monte deverá gerar 11 mil megawatts de energia, o que corresponde a quase 10% de toda a produção atual. "Trata-se de um empreendimento de grande importância que garantirá a segurança energética brasileira", destacou o ministro.
(Por Alex Rodrigues e Yara Aquino, Agência Brasil, 01/06/2011)