Além da biomassa do bagaço, a palha que sobra nos canaviais após a colheita da cana-de-açúcar é apontada como de grande potencial de geração de energia.
O material já vem sendo usado por algumas usinas do país na queima atrelada ao bagaço. A iniciativa, porém, deve ganhar força neste ano com um projeto estimado em US$ 68,5 milhões.
O projeto para uso da palha na geração de energia envolve recursos aplicados por três usinas, GEF (Fundo Mundial para o Meio Ambiente), Ministério da Ciência e Tecnologia e o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira).
Segundo o coordenador de pesquisas do CTC, Suleiman José Hassuani, o uso da palha na geração de energia pelas usinas de cana pode garantir eletricidade para até 13 milhões de residências.
A cada safra, ainda de acordo com ele, são 84 milhões de toneladas de palha deixadas nos canaviais brasileiros.
O projeto prevê que parte da palha seja levada junto com a cana para as usinas.
O processo de separação ocorreria na chegada do produto às unidades, com o uso de ventiladores nas esteiras de cana que vai para a moagem.
A primeira usina a adotar o sistema será a Alta Mogiana, em São Joaquim da Barra (SP), ainda neste ano, diz Hassuani. Ele não informou os nomes das outras duas usinas que devem aderir ao projeto de uso da palha.
(Folha.com, 01/06/2011)