O ministro Antônio Patriota (Relações Exteriores) afirmou em palestra realizada nesta terça-feira em Washington (EUA) que a polêmica sobre o novo Código Florestal "não compromete nem ameaça" o avanço geral que a legislação ambiental brasileira representa.
Ele foi duramente questionado no think tank Woodrow Wilson International Center for Scholars sobre a ameaça que o código representaria à posição internacional do Brasil quanto à conservação das florestas.
"O Brasil continuará a ser, por qualquer medida, de longe o país com a maior matriz de energia limpa (46%) dentre os com seu nível de PIB. A média dos países da OECD é de cerca de 10%. É uma distância muito eloquente. Temos uma legislação nessa área muito mais avançada do que a da maior parte dos países desenvolvidos, inclusive os EUA", disse.
Ele admitiu que "há interesses conflitantes" na discussão sobre o novo código, mas insistiu em que o país tem uma das agendas mais ambiciosas do mundo quanto ao ambiente. "Há dez anos seria impensável para o Brasil apresentar em Copenhague as metas de redução de emissões de carbono que apresentamos."
(Folha.com, 31/05/2011)