Apesar do fechamento das usinas nucleares alemãs, o país não será afetado pela decisão, assegurou na segunda-feira a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). O acordo entre Brasil e Alemanha da década de 70 hoje está focado em energias renováveis. Até a empresa alemã que construiria Angra 3 foi comprada por uma estatal francesa.
O maior compromisso remanescente é o aval da seguradora de crédito alemã Hermes para financiar 1,5 bilhão de euros (R$ 3,4 bilhões) de bancos europeus para Angra 3. Aquilino Senra, físico com doutorado em energia nuclear, avalia que o Brasil não teria como prescindir, até 2020, da geração nuclear:
— É pouco, é só 3% da eletricidade gerada no país, mas é importante para dar garantia de estabilidade para o sistema.
Depois, pondera, depende do planejamento brasileiro. A terceira unidade do complexo nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis (RJ), está com mais de 10% da obra civil implantada, sem atrasos no cronograma que prevê entrada em operação em dezembro de 2015.
(Zero Hora, 31/05/2011)