Porto Alegre tem cerca de 4,5 mil famílias vivendo em áreas de risco. A informação é do Departamento Municipal de Habitação (Demhab). Cerca de 80 áreas na cidade são monitoradas de forma prioritária. Entre os locais de maior risco, estão as encostas de morros e áreas próximas a arroios.
Conforme o diretor do Demhab, Humberto Goulart, o órgão já tem áreas disponíveis para transferir todas as famílias, mas está esperando recursos da segunda fase do Programa Minha Casa/Minha Vida, do governo federal. "Estamos nos preparando para retirar todas as famílias. Só na Restinga, existe um terreno com capacidade para 4 mil famílias", citou.
Entre os locais considerados mais críticos, está a vila Coqueiros, na zona Norte. "É uma área próxima de um depósito de lixo, com condições sanitárias terríveis. São 125 famílias que serão transferidas para a área na Manoel Elias", disse Goulart.
Desde dezembro passado, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) iniciou um trabalho nas áreas de risco. Segundo o secretário-adjunto da Pasta, André Carús, o objetivo é evitar que locais perigosos voltem a ser habitados. "Temos oito fiscais que monitoram mais de 80 áreas. Além das desocupadas, fazemos um trabalho de levantamento onde ainda existem pessoas morando, para verificar as demandas", explicou Carús.
O coordenador da Defesa Civil de Porto Alegre, Leo Bulling, ressaltou que, apesar da previsão de chuvas para os próximos dois meses abaixo da média, o órgão mantém a atenção em algumas áreas. "Sabemos que na entrada da primavera sempre ocorrem temporais e procuramos trabalhar áreas mais vulneráveis às enchentes, como as ilhas", apontou Bulling.
(Correio do Povo, 31/05/2011)