Contribuir para melhorar a qualidade da água do Guaíba e aumentar a capacidade de tratamento de esgotos da cidade, passando dos atuais 27% para 77% - essas serão as grandes contribuições do Projeto Integrado Socioambiental (Pisa) para a cidade. Ao aumentar a capacidade de tratamento de esgotos, o Pisa propicia condições de balneabilidade futura ao Guaíba porque vai interromper um dos principais focos da doença do rio: 145 mil metros cúbicos de esgotos sem tratamento deixarão de ser jogados diariamente no Guaíba.
A prefeitura visa a um objetivo bem claro: devolver o Guaíba à população e levar a saúde dos porto-alegrenses a níveis de primeiro mundo, pela contribuição que o tratamento cloacal proporciona. O Pisa é a maior obra de saneamento da história de Porto Alegre.
Os trabalhos começaram em dezembro de 2007 e no seu encerramento, exatos cinco anos depois, terão sido consumidos recursos que fazem do PISA a maior obra de saneamento da história de Porto Alegre. Mais de R$ 580 milhões serão aplicados na instalação de 187,7 quilômetros de tubulações, entre redes coletoras e emissários, além de estações de bombeamento e de tratamento. Os investimentos têm origem no Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID), da Caixa Econômica Federal(via PAC) e com contrapartida da prefeitura. Somente para obras de saneamento, são R$ 383 milhões.
O melhor de tudo é que mais de 800 mil pessoas serão diretamente beneficiadas pela coleta e pelo tratamento do esgoto cloacal.
O processo - Nos bairros Restinga, Ponta Grossa e Cavalhada as redes já foram instaladas. O esgoto coletado nestes locais irá para a Estação de Bombeamento Ponta da Cadeia, que fica próxima à Usina do Gasômetro. Esta estação vai mandar o esgoto por bombeamento até a Estação Cristal, por meio do emissário terrestre que está sendo implantado sob as vias centrais de Porto Alegre. É neste ponto que estão sendo construídas as Chaminés de Equilíbrio que contarão com um mirante a mais de 20 metros de altura. Um novo atrativo turístico para a cidade, de onde os visitantes poderão visualizar o pôr-do-sol do Guaíba. As chaminés de equilíbrio servem para evitar o que tecnicamente é chamado de Golpe de aríete, ou seja, em uma possível pane elétrica as chaminés garantem que não haja o comprometimento das tubulações.
A partir das chaminés, o esgoto será transportado por meio do emissário subaquático. Submerso dentro do Guaíba por cerca de onze quilômetros, o emissário está sendo implantado desde o Estaleiro Só até o bairro Serraria, tudo isto por dentro do Guaíba.
A tecnologia adotada pelo Dmae de lançamento de tubulações de grande porte e sujeitas a pressão por sistema subaquático, tem o objetivo de reduzir os impactos da obra nas ruas da cidade. Afinal, instalar uma tubulação terrestre para transportar estes esgotos geraria uma série de transtornos no trânsito da cidade.
O processo é concluído na Estação de Tratamento de Esgotos Serraria, um grande complexo onde atualmente trabalham cerca de 300 funcionários em ritmo acelerado para que tudo esteja pronto no final do ano que vem.
Água volta ao rio - A Estação de Tratamento de Esgotos Serraria apresenta mais um dos destaques do Projeto Integrado Socioambiental (Pisa): o tratamento terciário. A inovação, adotada por poucas cidades brasileiras, vai garantir que o esgoto seja tratado e a água devolvida ao Guaíba em condições ainda melhores do que o Lago oferece atualmente. O Dmae poderá inclusive optar por comercializar esta água para uso alternativo para serviços que não exigem água tratada como indústrias e postos de lavagem, por exemplo. A adoção do tratamento a nível terciário na Estação de Tratamento de Esgotos Serraria, antecipa uma demanda do licenciamento ambiental em cinco anos e implanta tecnologia de primeiro mundo pela adoção do sistema Unitank.
Acesse, por meio do site www.nossaportoalegre.com.br e das redes sociais (Facebook, Twitter e Orkut) outras informações sobre como cada um com sua história constrói um pouco da cidade.
O que muda com a conclusão do Projeto em 2012
- 800 mil pessoas serão beneficiadas diretamente com a coleta e o tratamento do esgoto cloacal;
- melhorias no sistema de abastecimento de água de Porto Alegre, com a redução do uso de químicos para tratar a água bruta;
- implementação de 30 hectares de áreas de proteção ambiental e lazer nas Regiões de abrangência do Projeto;
- aumento de 10% no Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese) medido pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) na Capital;
- melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da população diretamente beneficiada;
- geração de emprego e renda;
- melhoria nas habitações da população que vive às margens do arroio Cavalhada.
- percentual de esgoto cloacal em Porto Alegre será elevado de 27% para 77% e contará com o sistema de tratamento terciário.
(Prefeitura de Porto Alegre, 25/05/2011)