A medida conta com o apoio de uma clínica veterinária que viabilizou a confecção da placa de advertência e do suporte para as sacolas plásticas. Inicialmente as praças que serão contemplados são: Silveira Martins, Carlos Gomes, Estação e Carlos Telles. Na Praça Esporte, a instalação foi feita na manhã de ontem.
Conforme o fiscal da Secretaria Municipal de Atividades Urbanas (Smau), Leonardo Marinho, o projeto partiu das inúmeras reclamações dos usuários de espaços públicos. A exemplo de outras cidades, que já dispõem de sacolas e lixeiras especificas para o caso, a secretaria buscou parceiros que pudessem viabilizar o equipamento. A Smau participa da iniciativa com as lixeiras e a mão de obra, além da responsabilidade da manutenção. Marinho acredita que, a partir da implantação da medida, os donos criarão a cultura de recolher os dejetos.
Segundo a médica veterinária Carina Barison Madruga, proprietária de uma clínica veterinária e parceira do projeto, haverá uma melhor educação dos proprietários de animais, lembrando que Bagé possui uma grande população canina. Carina diz que praça é local de criança brincar, espaço que deve estar limpo, e que todos devem cuidar e manter. A veterinária acredita que o hábito de não coletar mudará a partir da instalação, o que trará condicionamento e disciplina. “Se o pessoal tiver boa vontade, o beneficio será para todos”, comenta, dizendo que os donos devem fazer a sua parte. O uso consciente da sacola é orientado, a fim de que não causem maior sujeira, ou utilizem para outros fins.
Para o taxista Derni Ferreira Mota, a iniciativa funcionará a partir do exemplo: “alguém tem que dar o pontapé inicial”, opina. Mota trabalha em um ponto de táxi da Praça Esporte, que fica próximo ao local onde houve a instalação, e garante que os taxistas cuidarão para que vândalos não estraguem a placa, nem danifiquem as sacolas. “A praça é de todos, temos que cuidá-la” comenta.
A estudante Fabiana Barcelos Mor, mãe de Joaquim, costuma passear com o filho na praça, e considera que a medida é boa para que as crianças não tenham mais contato com sujeiras de animais. Fabiana salienta que a praça é local preferido e próprio para os pequenos brincarem, e que necessita de uma melhor higiene. Mesmo elogiando a iniciativa, diz acreditar que demorará um tempo para que as pessoas se conscientizem: “não adianta colocarem a placa, as sacolas e a lixeira, se não utilizarem”, opina.
De acordo com o chefe de gabinete da Smau, Giovane Salis, a secretaria está aberta para a parceria com outras clínicas, lojas ou empresas que queiram participar do projeto, o que poderá fazer com que mais locais sejam beneficiados.
(Jornal Minuano, 20/05/2011)