Metade das obras do Programa Integrado Socioambiental (PISA),estão concluídas, segundo informações do DMAE. Restam 11 contratos em andamento. O programa prevê ampliar o tratamento de esgotos da Capital dos atuais 27% para 77%, quando estiver concluído, no final de 2012, se não houver contratempo.
O engenheiro Valdir Flores, do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), responsável pelo Programa, diz que foram executados 61% do total contratado para o esgotamento sanitário, cujos recursos previstos giram em torno de R$ 383 milhões. Somando aos demais componentes do programa, como habitação e drenagem, os custos chegam a R$ 586 milhões.
No início do mês, um grupo de engenheiros da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs) fez uma vista técnica às principais frentes de obra do PISA. Durante o encontro os visitantes receberam um mapa ilustrado com informações e dados referentes ao Socioambiental, que prevê a recuperação gradual da balneabilidade das praias do Lago Guaíba, como resultado da ampliação do índice de tratamento de esgotos.
A visita teve início na Estação de Bombeamento de Esgotos (EBE) Ponta da Cadeia. De lá o grupo seguiu para as obras do emissário terrestre próximo ao Parque Marinha do Brasil, e do emissário subaquático, na área do antigo Estaleiro Só. Na sequência, os técnicos visitaram as obras da Estação de Bombeamento de Esgoto (EBE) Cristal e da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) na Serraria, que, ao ser concluída, contará com a possibilidade de tratamento em nível terciário, uma das poucas no Brasil.
O presidente da Sergs, Cylon Rosa Neto, disse que a visita foi “uma oportunidade importante para a democratização e disseminação das informações do Socioambiental, perante a área técnica.”
Dentro do prazo
As obras estão sendo executadas dentro dos prazos previstos, segundo o engenheiro Valdir Flores. Ele lembra que os estudos de concepção do PISA iniciaram em 2001, chegando em 2004 ao projeto básico que previa tratamento por lagoas. “Como este processo de tratamento não atendia a legislação do Conama, em 2005 o projeto foi modificado para tratamento por Lodos Ativados e contratado sua execução em 2010”, explica.
Durante a gestão do prefeito Raul Pont, chegou a ser encaminhado ao banco japonês JBIC a solicitação de recursos com base em uma previsão de custos feita através de estudos preliminares. Mas, segundo Flores, a prefeitura só conseguiu o financiamento junto ao BID após o governo Fogaça ter colocado em dia as contas da prefeitura, o que viabilizou o início das obras. [C.D.T]
(Jornal JÁ, 20/05/2011)