O vereador Beto Moesch (PP) liderou, em parceria com a coalização SOS Florestas, protesto contra a proposta de alteração do Código Florestal Brasileiro realizado na manhã de quinta-feira (12/5) no Parque Farroupilha (Redenção).
“O pouco da vegetação nativa que temos preservada deve-se ao Código Florestal. Se a flexibilização dessa lei for aprovada, teremos um efeito cascata que irá atingir o campo e as cidades”, alerta Moesch, advertindo que as enchentes, os deslizamentos, o desmatamento, as alterações no clima e a diminuição da fauna e da flora serão agravadas caso as mudanças sejam acatadas.
O parlamentar lembra que a legislação prevê estímulos, incentivos e fomento para quem produz e preserva. “Mas, infelizmente, muito pouco da lei é colocada em prática. Deveríamos lutar por sua aplicação, e não por sua desfiguração”, observa.
O ato contou com a presença de diversas entidades, estudantes e movimentos ecológicos. Ao final, foi realizado o plantio de cinco mudas da espécie de árvore nativa pau-ferro, simbolizando a importância da preservação da natureza.
Bênção
“O gemido da criação aparece hoje na deterioração do meio ambiente, consequência de uma exploração descuidada e, muitas vezes, gananciosa dos recursos do planeta”, disse o padre Attílio Hartmann, da Editora Padre Réus, que selou o evento com um bênção especial.
“É tempo de conversão da consciência individual e coletiva da humanidade. Sem esta conversão, que penetre a cultura e se traduza em medidas globais e locais de organização mais justa da atividade humana, em sua relação com a natureza, com a criação, não será possível reverter o quadro dramático de destruição das condições de vida saudável em nosso Planeta”, prosseguiu padre Attilio.
Apoios
A iniciativa contou com o apoio da Fundação SOS Mata Atlântica, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Instituto Mira-Serra, Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), WWF Brasil e Comitê da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba.
Votação
O relatório do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que propõe as modificações no Código Florestal, teve a votação adiada esta semana por falta de consenso entre os parlamentares.
(Por Helena Dutra, Asscom CMPA, 18/05/2011)