Os ventos sopram a favor da energia eólica no Brasil, ainda mais em um momento em que usinas hidrelétricas ou nucleares vem sendo questionadas, devido aos seus impactos e riscos à natureza. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), até 2013, serão investidos nos país cerca de R$ 25 bilhões em 141 projetos espalhados por diferentes Estados.
O volume de energia que será gerado pela força dos ventos será de 5.272 MW, valor superior aos 4.500 MW previstos para a Usina Belo Monte, no Xingú. Em 2005, o Brasil produzia apenas 29 MW de energia eólica, mas com o investimento, em menos de dois anos, poderá chegar ao valor estimado, segundo reportagem do jornal 'O Globo'.
Com o investimento, op País quer sair na frente na corrida pela geração de energia sustentável, hoje liderada pela China e seguida pelos EUA. Além de produzir energia, o Brasil quer também se transformar em uma plataforma de exportação de equipamentos para a construção de usinas eólicas.
Em 2004, o Brasil começou a atrair empresas do setor para captar dinheiro, por meio do Programa de Incentivo às Fontes de Energia Renováveis (Proinfa) e já conseguiu capitalizar os R$ 25 bilhões, que serão divididos entre os Estados de Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia e Rio Grande do Sul.
A energia eólica poderá reduzir a operação da usinas térmicas a gás natural, além de ser uma energia limpa, que não necessita de petróleo. Segundo o presidente da Abeeólica, Ricardo Simões, hoje, este tipo de energia corresponde a 0,7% do total de eletricidade do país, porém em 2013, poderá chegar a 4,3%.
(Por Jackie Salomao, MTV, 17/05/2011)