O plantio de áreas agrícolas com essências vegetais no Brasil, principalmente do gênero Eucalyptus e suas várias espécies, têm aumentado em muito nos últimos anos. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento(MAPA), informa que há 6 milhões de hectares plantados com espécies de eucaliptos, e estima que em 2020, estejam plantados 9 milhões de hectares.
A projeção do MAPA é otimista, pois representa o plantio de 300 mil hectares de novas áreas por ano. O Ministério leva em conta a demanda por madeira advinda dos setores da construção civil, madeireiro, celulose e principalmente energético, aquecidos pelo crescimento do PIB acima de 5% ao ano.
Para o Governo o plantio de novas áreas com florestas plantadas de eucalipto, representa um ganho ambiental considerável, devido a captura na atmosfera de 10 milhões de toneladas de dióxido de carbono(C02), reduzindo assim a participação do país no aumento do efeito estufa.
Na região Tocantina tem se percebido o avanço das florestas plantadas de eucaliptos nos últimos tempos. Qualquer caminho que se percorra, se passa por extensas florestas de eucaliptos. Ocupam áreas anteriormente destinadas à pecuária bovina e a agricultura.
Os plantios atendem demanda dos pólos guseiros de Açailândia(MA) e Marabá(PA) por carvão vegetal, que a partir de 2012, por meio de acordo de ajuste de conduta firmado entre as empresas e o judiciário, passam a utilizar em seus processo de beneficiamento do ferro gusa somente carvão de origem certificada de florestas plantadas.
Se levarmos em conta a atual capacidade produtiva do pólo guseiro da região, se estima a necessidade de 1 milhão de hectares com eucalipto para a produção de carvão. Só uma empresa que pretende instalar uma fábrica de produção de massa celulósica na região, projeta demanda de 400 mil hectares com a essência florestal nos próximos anos.
O plantio de florestas plantadas no Brasil de fato deve ter incremento significativo nos próximos anos, pois os órgãos do Governo responsáveis pelo o cumprimento das leis ambientais estão mais rígidos em suas fiscalizações, inibindo o uso de madeira de matas nativas.
Há também uma maior conscientização dos cidadãos, com maior pressão das organizações civis, como ONGs, e os compromissos firmados pelo o país com a comunidade internacional, para que se cumpra a legislação ambiental no uso dos recursos florestais.
(Imperatriz Notícias, 16/05/2011)