Novos estudos sobre a seca em Cuba dotarão à ilha de outra ferramenta útil para prevenir e reduzir os riscos por este fenômeno, com envolvimentos no âmbito socioeconômico e meio ambiental.
Quando o país caribenho enfrentar as conseqüências de um intenso período seco, especialistas do Ministério de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Citma) intensificam as estimativas segundo uma inédita metodologia que possibilitará avaliar de maneira integral o perigo, a vulnerabilidade e os riscos deste evento acumulativo em toda a nação.
Províncias afetadas severamente pela seca através de anos como Camagüey, Las Tunas, Holguín, Guantánamo e Cego de Ávila desenvolvem já as pesquisas que se sustentam em um trabalho integrado de vários organismos, instituições e centros de investigações que se ocupam do tema.
Tanto em sua elaboração como aplicação, os institutos nacionais de Recursos Hidráulicos, Meteorologia e Planejamento Físico, e suas respectivas dependências em todo o arquipélago cubano até nível dos municípios, têm desempenhado um importante papel, afirmou aqui a coordenadora destes novos estudos, Sheila Chang.
Disse que ademais contribuem experiências outros projetos relacionados com a temática.
A especialista do Grupo Nacional de Avaliação de Risco do CITMA argumentou que a estreada metodologia contempla exaustivamente os valores das três variáveis (seca agrícola, meteorológica e hidrológica) que prescrevem este fenômeno, cuja freqüência em Cuba tem aumentado significativamente nos últimos decênios, segundo investigações.
Chang explicou que os resultados do trabalho se enlaçarão harmonicamente com os sistemas de alerta e operacionais que existem na ilha para monitorar este fenômeno.
Uma vez concluídos os estudos, a informação sem custo algum, fruto de um trabalho cooperado, favorecerá ao conjunto de ações e medidas em Cuba para reduzir os riscos da seca, assinalou.
O impacto da seca nas fontes aqüíferas do país tem levado na atualidade a reforçar as medidas de poupança de água tanto nos lares como centros trabalhistas, e aplicar outras alternativas como a recuperação de moinhos de vento e a perfuração de poços.
À população de zonas duramente afetadas por este fenômeno se lhes garante o fornecimento de água potável em caminhões cisterna, até tanto melhore esta situação com as precipitações do considerado período intenso de chuva (de maio a outubro) em Cuba.
(Prensa Latina, 13/05/2011)