Para entidades como a Plastivida, sacolinhas são 'apontadas incorretamente como causadoras de impacto ambiental'
Poucas horas depois de o governo de São Paulo e a Associação Paulista de Supermercados (Apas) anunciarem o banimento das sacolas plásticas até o final do ano, a indústria do plástico divulgou comunicado se posicionando contra o estipulado pelo acordo firmado.
Assinado pela Plastivida, Instituto Nacional do Plástico e Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis, o texto afirma que as sacolas plásticas estão sendo "apontadas incorretamente como sendo causadoras de impacto ambiental, quando na verdade o problema não reside nelas e sim no desperdício e no descarte incorreto de uma parte das sacolas".
O comunicado afirma que os supermercados vão vender sacolas feitas de material biodegradável, a R$ 0,19 cada, e sacolas retornáveis de materiais como ráfia e algodão. O custo, repassado ao consumidor, é repudiado no texto: "Defendemos que o consumidor não seja penalizado desnecessariamente com cobranças extras".
O texto cita uma pesquisa do Ibope, segundo a qual "100% das sacolas são reutilizadas como sacos de lixo". Segundo a indústria, sacolas resistentes de plástico "também podem ser reutilizadas mais vezes em diversas aplicações como para guardar roupas, transportar objetos, guarda-chuvas, embalar todo tipo de produto, entre muitas outras".
(Estadão, 10/05/2011)