Apesar de estarem protegidas pela legislação ambiental, as Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal nas propriedades rurais podem ser utilizadas para a extração de árvores nativas. O assunto foi debatido pelo professor Rafaelo Balbinot, do departamento de Engenharia Florestal da Universidade de Santa Maria, em painel na 3 Feira da Floresta, que termina hoje, em Gramado.
Para o professor, a utilização econômica de áreas de preservação é viável desde que respeitados os parâmetros previstos na legislação ambiental, como altura e diâmetro mínimo da planta e o plantio de novas mudas como compensação. Segundo Balbinot, o manejo de árvores poderia representar uma nova fonte de renda, principalmente, para pequenos produtores, que trabalham com até 30 hectares.
O professor recomenda que os agricultores busquem junto aos sindicatos rurais, secretarias municipais de Meio Ambiente e Emater/RS as orientações para realizar o corte de árvores nativas sem contrariar a legislação. "A lei diz que essas áreas têm a função de preservar, mas permite produzir com manejo correto. Isso é sustentabilidade", afirmou o especialista.
(Correio do Povo, 06/05/2011)