A crescente gama de padrões de certificação para projetos de REDD+ tem se mostrado um empecilho ao financiamento e implementação desses planos, o que dificulta o combate às mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável. Isso porque, cada vez mais, um sistema de REDD+ não deve apenas de reduzir gases de efeito estufa (GEEs) das florestas, mas também aliviar a pobreza, manejar as florestas sustentavelmente e proteger a biodiversidade.
Por isso, os pesquisadores Eduard Merger, Michael Dutschke e Louis Verchot compararam e avaliaram a aplicabilidade de algumas normas de certificação, o que futuramente poderá ser significativo para desenvolvedores de projetos e de políticas de REDD+. O estudo, intitulado Opções para Certificações Voluntárias de REDD+, considerou a eficiência e o rigor de dez padrões diferentes que visam à mitigação de GEEs, sustentabilidade florestal e outros benefícios sociais e ambientais de projetos florestais.
As normas testadas foram: Clima, Comunidade e Biodiversidade (CCB), Padrões Ambientais e Sociais de REDD+ da CCBA (CCBA REDD+ S&E), Padrão CarbonFix (CFS), Conselho de Administração Florestal (FSC), Padrão Global de Conservação (GCS), ISO 14064:2006, Padrão Plan Vivo, Programa para Aprovação de Certificação Florestal (PEFC), Padrão SOCIALCARBON e o Verified Carbon Standard (VCS).
A pesquisa mostra como os padrões podem ser combinados, dependendo do tipo de atividade e o tamanho do projeto. Mas os custos e os atrasos associados com as múltiplas certificações podem ser uma barreira para a atividade. O relatório inclui ainda comparações das dez normas em cada uma das áreas chave (carbono, social, ambiental e sustentabilidade florestal), esboçando seus objetivos, aplicabilidades e resultados divergentes.
(Carbono Brasil / Amazonia.org, 04/05/2011)