Pesquisa projetou clima nos próximos 50 anos, mas apenas nos EUA.
Um estudo feito nos EUA mostra que, pelo menos por lá, o aquecimento global não terá impactos sobre os ventos. O texto produzido, por cientistas da Universidade de Indiana projetou as mudanças climáticas para os próximos 50 anos, foi o primeiro a fazer uma previsão tão longa, e seus resultados foram publicados pela revista científica “PNAS”.
A energia eólica é considerada uma das mais corretas do ponto de vista ecológico. O vento faz girar hélices que acionam uma turbina, o que gera eletricidade. Dessa forma, a tecnologia não emite carbono, ou seja, não provocam o efeito estufa. Por isso, o fato de que os ventos não devem ser afetados é uma boa notícia.
Os cientistas fizeram os cálculos levando em consideração a possibilidade de que, até 2062, as temperaturas médias já tenham subido em até 2 graus Celsius. A partir daí, estudaram, com base em três modelos diferentes, o impacto que os ventos sofreriam. A região analisada foram a área continental dos EUA (excluindo-se Alasca e Havaí) e alguns estados do Norte do México.
“Houve uma variação considerável nas densidades dos ventos previstas, mas, interessantemente, essa variação foi bastante similar à que nós observamos nos padrões atuais”, afirmou Sara Pryor, principal autora da pesquisa.
“Tem havido questionamentos sobre a estabilidade da energia eólica em longo prazo, então estamos focando em providenciar a melhor ciência disponível para ajudar os tomadores de decisão”, justificou a coautora Rebecca Barthelmie, lembrando que a escolha dos investimentos envolve fatores políticos e econômicos.
Nesse sentido, Pryor quer investir sua próxima pesquisa em outro aspecto das usinas eólicas. “A velocidade do vento aumenta com a altura, então as turbinas estão ficando mais altas”, disse. “Um de nossos projetos futuros será avaliar o benefício de implementar turbinas maiores que alcançam uma altura maior em relação ao chão”, completou.
(G1, 03/05/2011)