O site TreeHugger calculou a pegada de carbono do casamento mais falado do planeta - e concluiu: é grande. Em matéria publicada nesta sexta-feira, o site pede desculpas por falar de um assunto não tão agradável no "big day" de Kate e William, mas afirma que alguém teria de fazer o cálculo.
Tudo o que envolve a cerimônia, da alimentação às viagens dos convidados para a festa, produzirá 12 vezes mais emissões de carbono do que o emitido em um ano inteiro no Palácio de Buckingham.
"Bote a culpa nos Beckhams...e em todas as outras celebridades internacionais e reais que estão pegando avião para ir ao evento", diz o texto do site ambiental.
Segundo o TreeHugger, o cálculo mais completo foi feito pela Landcare Research, entidade neo-zelandesa. Os voos dos convidados ganham no número de emissões: 2.642 toneladas de carbono equivalente. São seguidos pelas viagens de veículos locais, cerca de 154 toneladas de carbono equivalente.
O total, que inclui outros itens como a energia usada (4 ton de carbono equivalente), será de 6.767 toneladas de carbono equivalente.
Mas a matéria não acaba de vez com a reputação dos possíveis futuros rei e rainha da Inglaterra. "Para ser justo, eles tentaram ser verdes", diz o texto.
Entre as tentativas de ser mais ecofriendly: a comida servida é local, as flores da decoração vieram de propriedades da rainha e o ouro do anel supostamente não seria originário de minas de exploração.
Além disso, os documentos do enlace são impressos em papel reciclado e madeira certificada foi usada no prédio onde fica concentrada a mídia internacional.
E, em se tratando de casamento real, os súditos menos afortunados também foram incluídos no pacote socioambiental. Uma lista de 26 insituições de caridade será beneficiada com doações.
Por fim, um último item básico da cartilha ambiental foi respeitado. Requisitado a deixar as luzes acesas durante a noite, o Palácio de Buckingham se negou (por conta da diferença de fuso horário, a TV americana gostaria de fazer transmissões ao vivo para seus telespectadores durante a madrugada londrina).
(Estadão, 01, 05/2011)