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agapan
2011-04-26

Proponente da homenagem, vereador Beto Moesch (PP) ressaltou que a Agapan foi a primeira entidade ecológica da América Latina e uma das primeiras em âmbito mundial.

A Câmara Municipal de Porto Alegre destacou hoje (25/4) os 40 anos de fundação da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan). "A Agapan surgiu não como um movimento de protesto, mas sim de conscientização", disse o vereador Beto Moesch (PP), que propôs a homenagem. "Em 1971, quando surgiu a entidade, a preocupação com temas como agrotóxicos, queimadas e desmatamento era incipiente. Mas gaúchos pioneiros, como José Lutzenberger, trouxeram a preservação ambiental para o centro das discussões."

Beto ressaltou que a Agapan foi a primeira entidade ecológica da América Latina e uma das primeiras em âmbito mundial. Desde então, acrescentou ele, a entidade fez um trabalho de muita inteligência, tendo Lutzenberger com precursor. "A Agapan ia nas escolas, nas universidades, apresentava palestras e conquistava espaço valioso na mídia para discussão sobre o ambiente."

Para o vereador, se Porto Alegre tem hoje uma das legislações ambientais mais avançadas do país, isso se deve em muito ao trababalho da Agapan. "Por causa da entidade, aqui surgiram as primeiras leis municipais, como a legislação sobre a poda de árvores, por exemplo. A própria criação da Smam foi uma resposta política e administrativa ao movimento ambientalista" lembrou Beto.

Ao destacar a presença, na sessão, de Hilda Zimmermann e Augusto Carneiro, "pioneiros na defesa da natureza", Beto acrescentou que a Agapan representou a consolidação de um movimento político de conduta, de visão e de defesa de uma nova forma de desenvolvimento. "É um orgulho para nós gaúchos ter esta instituição exercendo a cidadania ao longo de 40 anos. A sociedade deve muito à Agapan por sua colaboração em favor da causa ambiental."

O presidente da entidade, Eduardo Finardi Rodrigues, disse que hoje, quando os desastres climáticos se intensificam em todo o mundo, a luta ambiental se faz cada vez mais necessária. Observou que o lema do ambientalismo - "pensar globalmente, agir localmente"- continua sendo perseguido pela entidade. "Sem a luta dos ambientalistas contra a poda indiscriminada, Porto Alegre não seria hoje uma das cidades mais arborizadas do país. Além do "pensar global e agir local", a Agapan não esquece de outro lema histórico: a vida sempre em primeiro lugar", afirmou o dirigente da Agapan.

Outros vereadores também se manifestaram na homenagem à Agapan:

AGAPAN – Carlos Todeschini (PT) saudou os 40 anos da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), homenageada hoje no Plenário Otávio Rocha. Lembrou que, quando a entidade surgiu, em 1971, “o mundo era de adubos e venenos”, que provocavam muitas mortes e deformações, em especial na região de plantio de soja no Estado. “Isso tem que lembrar porque parece que nunca existiu”, afirmou. Todeschini recordou que a Agapan se levantou contra a agressão à vida e ao meio ambiente. “A Agapan fez muito em 40 anos, mas a luta não pode parar”.

AGAPAN II – Toni Proença (PPS) disse que não é preciso ir muito longe para constatar e valorizar o trabalho de entidades como a Agapan. Segundo o vereador, é muito triste ver, nos noticiários, quase que diariamente, tragédias provocadas pelo mau uso ambiental. De acordo com Toni, são desastres que poderiam ser evitados. “Se não fosse pela Agapan, muito mais tragédias teriam acontecido pela estupidez dos que insistem em degradar a natureza.” Toni desejou vida longa à Agapan, que completa quatro décadas. “Durando a Agapan, dura muito mais o ambiente de nossa cidade”, declarou.

AGAPAN III – Dr. Raul Torelly (PMDB) lembrou que, em sua juventude, via passar pela Rua Jacinto Gomes, o ambientalista José Lutzenberger, um dos fundadores da Agapan e pioneiro do movimento ecológico no mundo. “A sensação era de ver alguém tipo Einstein, tal a preocupação especial com a causa ambiental”, disse. Conforme o vereador, se não nos preocuparmos com a natureza, “não sabemos onde vamos parar”. Na sua opinião, é possível uma convivência harmônica entre poder econômico e causas ambientais, desde que haja interação entre eles.

AGAPAN – Pedro Ruas (PSOL) disse que os 40 anos comemorados pela Agapan reforçam o compromisso de sua bancada em defesa do meio ambiente. Ruas lembrou as lutas na Câmara Municipal para preservar a orla do Guaíba e contra as dificuldades impostas pela especulação imobiliária. "É preciso cuidar da cidade pensando no presente, mas principalmente na vida das futuras gerações". Ruas afirmou que é preciso homenagear a Agapan e todas as entidades que se dedicam à proteção da natureza.

(Câmara de Porto Alegre, 26/04/2011)


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