O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) assina hoje contrato para o início da coleta automizada de lixo em Porto Alegre. A estimativa da prefeitura é de que, até julho, o departamento passe a usar contêineres na coleta domiciliar. O contrato será assinado com a empresa Cone Sul, que venceu a licitação.
O serviço de coleta mecanizada do lixo domiciliar em contêineres ocorrerá, primeiramente, em uma área-piloto da cidade. Na primeira etapa, cerca de 9% da população de Porto Alegre (123,6 mil pessoas) será atingida. A previsão é de que sejam instalados 1.100 contêineres para a coleta de lixo domiciliar em 11 bairros. A prefeitura realizará, um mês antes do início do novo sistema, uma campanha informativa para esclarecer os detalhes da mudança.
"Mesmo com todas as coletas que temos, há problemas sérios ainda, como no caso de pessoas que não colocam o lixo em locais adequados ou nos dias e horários corretos. Temos absoluta certeza de que o novo sistema dará certo", afirma o diretor-geral do DMLU, Mário Moncks. Conforme ele, as pessoas poderão depositar o lixo no contêiner na hora em que quiserem. Os compartimentos serão lavados uma ou duas vezes por semana, dependendo da quantidade de lixo depositado.
Com a conteinerização da coleta de lixo domiciliar somente quatro caminhões do lixo circularão no trânsito dentro da área-piloto. O caminhão se posicionará ao lado do contêiner e o erguerá para dentro de si, despejando o seu conteúdo e o devolvendo vazio à via. De acordo com o diretor do departamento municipal, a operação não demora mais do que um minuto.
A área de implantação será limitada pelo lago Guaíba a Oeste, pelo arroio Dilúvio ao Sul, pelas avenidas Silva Só, Goethe e Dr. Timóteo a Leste e, a Norte, por um contorno que vai da Dr. Timóteo seguirá pela Cristóvão Colombo até a rua Ramiro Barcelos e desta para a avenida Voluntários da Pátria e para a rua Conceição, até a avenida Mauá.
Os contêineres de dois tamanhos diferentes - 2,4 mil litros e 3,2 mil litros - ficarão, segundo Moncks, a, no máximo, 70 metros de distância um do outro e estacionados (75%) na via pública, ocupando o espaço semelhante ao de um automóvel pequeno. Outros 300 contêineres precisarão ficar sobre calçadas, por falta de estacionamento nas vias.
A intenção da prefeitura é, com o sucesso da iniciativa-piloto, ampliar o sistema. "Se der certo, vamos estudar isso, para atingir novas áreas. A ideia é abranger toda a cidade", afirma Moncks. Segundo ele, o objetivo é acabar com todos os focos de lixo na zona central de Porto Alegre. "É uma mudança muito grande. Só peço para as pessoas colocarem o lixo no contêiner."
(JC, 12/04/2011)