Parlamentares avaliaram como positivas as condições de funcionamento e segurança das usinas nucleares de Angra 1 e 2 e das obras da usina de Angra 3 (previstas para conclusão em 2015). Seis senadores visitaram na sexta-feira as instalações do complexo nuclear em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Eles conversaram com diretores e engenheiros e se disseram impressionados com o nível de segurança das instalações, sob os cuidados da Eletronuclear. Mas persistiram as preocupações que motivaram a visita.
— Os padrões de segurança da usina são muito rigorosos. Mas do portão para fora a preocupação é grande. Temos um problema concreto. Se houver um acidente [nuclear] e a BR-101 tiver que ser interditada, não existe um plano alternativo. E qualquer chuva já interdita a BR-101. É necessário ter um plano. Acho que não estamos preparados — afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), referindo-se à rodovia Rio-Santos, que margeia a usina, entre a serra e o mar, e seria a única rota de fuga para a população.
Ele disse que a comissão vai preparar um relatório com sugestões e exigindo soluções por parte do governo federal.
O senador Cyro Miranda (PSDB-GO) reforçou as palavras de Lindbergh Farias.
— O problema está da porta para fora. O PAC 2 deveria viabilizar um novo traçado para que não haja problema algum de escoamento das pessoas. Pois em caso de acidente, além das intempéries e de uma eventual crise nuclear, não haveria condições de escoamento.
Os senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP), Delcídio Amaral (PT-MS), Jorge Viana (PT-AC) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) também integraram a comitiva.
(Agencia Senado, 11/04/2011)