O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, Yukiya Amano, pediu uma mudança de abordagem em energia nuclear, após a crise na central japonesa de Fukushima Daichi. Amano discursou, nesta segunda-feira, na sede da Aiea em Viena, na abertura da sessão da Convenção para a Segurança Nuclear. Ele pediu aos países para aprender com as lições do acidente, após o terremoto e tsunami de 11 de março. De acordo com agências de notícias, foram liberados níveis baixos de radioatividade da central de Fukushima Daichi no oceano.
O objetivo seria despejar 11,5 mil toneladas para dar espaço ao armazenamento de água mais radioativa, no segundo reator da usina. Moradores do Japão informaram que o país ainda está sentindo as réplicas do terremoto, semanas após a tragédia. Foi o que disse à Rádio ONU, de Mooka, a 150 km de Fukushima, o pastor brasileiro, Eduardo Tanabe. "Ainda está tendo muito abalo e tremores. A situação ainda não se acalmou totalmente por causa da radioatividade na usina nuclear, muitos estrangeiros estão retornando."
Em todo o país mais de 160 mil pessoas continuam vivendo em albergues improvisados. Na sexta-feira, o Programa Mundial de Alimentos, PMA, anunciou a construção de quatro armazéns e a formação de escritórios préfabricados para beneficiar mais de 20 mil desalojados do município de Miyagi, o mais afetado pela tragédia.
(Por Eleutério Guevane, Rádio ONU, EcoAgência, 08/04/2011)