Com o fim das obras do Estádio Olímpico e a inovadora quadra azul de hóquei recém-inaugurada, as instalações londrinas parecem andar em um ritmo satisfatório. No entanto, o mesmo não se pode dizer do ar da cidade. O problema que afetou os Jogos Olímpicos de Pequim parece agora rondar a competição de 2012: a poluição do ar.
Segundo o periódico britânico The Guardian, a má qualidade do ar é um dos maiores problemas da saúde pública que afeta a capital. Londres ostenta os piores índices da Grã Bretanha e figura entre os piores da Europa.
Em 2008, as preparações para os Jogos foram tomadas pelas críticas negativas em relação á poluição da capital chinesa. O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, chegou a ameaçar adiar as competições por conta do ar caso o governo local não tomasse medidas para conter os péssimos índices de contaminação.
No entanto, o país anunciou que tomaria providências somente três semanas antes do evento. Dirigentes interromperam a produção de indústrias e proibiram a circulação de carros em vários dias, o que era insuficiente para proporcionar mais ar fresco á população.
Mesmo que a população de Londres não seja comparável à de Pequim, a proximidade dos Jogos pressiona o governo inglês. O jornal afirma que em 2010 um informe do Comitê Ambiental de Londres afirmou que a má qualidade do ar estimulava a asma, aumentava problemas cardíacos e respiratórios e "provavelmente causava mais mortes que o tabagismo passivo, acidentes de trânsito e obesidade".
Na segunda-feira, o governo inglês anunciou uma ajuda de mais de 5 milhões de libras para limpar o ar da cidade. O prefeito Boris Jonhson prometeu descontos a empresas automobilísticas caso se comprometam a conseguir novos níveis de emissão de substâncias tóxicas.
(Terra, 06/04/2011)