Os trabalhos de perfuração a serem realizados pela Petrobras na Nova Zelândia não são de poços, mas de levantamento sísmico, informou a companhia em uma nota divulgada nesta terça-feira.
De acordo com a Petrobras, o governo neozelandês promoveu uma licitação pública em janeiro de 2010, na qual a companhia adquiriu os direitos de um bloco da bacia de Raukumara, na costa leste da ilha do Norte.
A primeira fase do projeto de prospecção envolve "estudos sísmicos e geológicos" que ajudarão a medir o potencial de hidrocarbonetos (gás e petróleo) na região.
Segundo a nota, o estudo sísmico é uma operação segura e simples, que consiste no "levantamento de informações geológicas por meio da captação de sinais sonoros". Ainda de acordo com a empresa, o trabalho de pesquisa "está em conformidade com todos os princípios de segurança, meio ambiente e saúde, e atende à legislação internacional e às leis da Nova Zelândia".
Ao final desta primeira fase, conforme programa de trabalho aprovado, a Petrobras diz que irá avaliar se continuará com o projeto e assume os estudos sísmicos 3D ou se declina da concessão.
A Petrobras ressalta ainda que está "comprometida em desenvolver ações de forma segura e integrada, valorizando as diversidades humanas e culturais, e promovendo a cidadania e respeito pelos direitos humanos em todos países onde atua".
Reportagem da BBC Brasil reproduzida mais cedo pela Folha.com indica que uma frota de cerca de 20 barcos de ativistas protestam na costa da Nova Zelândia contra os trabalhos de perfuração de poços de teste da Petrobras.
De acordo com a BBC, os ativistas reclamam dos potenciais perigos de contaminação ambiental em caso de vazamentos como o que ocorreu no ano passado em um poço da britânica BP no golfo do México.
(Folha.com, 05/04/2011)