O presidente da Frente Parlamentar da Silvicultura, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), anunciou que as prioridades do grupo serão a definição dos marcos legais para o setor, com destaque para as relações de trabalho e a terceirização, e também o enquadramento do plantio de madeira como um tipo convencional de plantação.
O parlamentar afirma que atualmente esse plantio é regulado com muita burocracia pelo Ministério do Meio Ambiente. “Queremos que isso seja tratado pelo Ministério da Agricultura, diferentemente das florestas ambientais, que devem continuar sob os cuidados do Ministério do Meio Ambiente”, explica.
A silvicultura é a atividade de plantar florestas para fins comerciais. O setor, que hoje gera 2 milhões e meio de empregos e movimenta R$ 8,5 bilhões no País, segundo o deputado, pode crescer e envolver até R$ 100 bilhões nos próximos anos. “Esse é o grande objetivo da frente, fortalecer um setor que tem uma perspectiva muito grande para produzir celulose, e também para produzir carvão, inclusive para ser usado na siderurgia", afirmou.
Estrangeiros
Além dos pontos citados por Piau, o diretor-executivo da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas, César Augusto dos Reis, que apoia a frente, também considera essencial a aprovação de medidas para restringir a compra de terras por estrangeiros. A restrição é defendida em um parecer apresentado no ano passado, pela Advocacia-Geral da União.
A Frente Parlamentar da Silvicultura foi relançada no Congresso Nacional na última quarta-feira. Dados da Sociedade Brasileira de Silvicultura apontam que o setor florestal é responsável por cerca de 3% do Produto Interno Bruto do País.
(Por Ginny Morais, Rádio Câmara, 28/03/2011)