Conhecer o consumo de energia de cada aparelho eletrônico é fundamental na hora de economizar. Que tal usar a mesma lógica para a água, avaliando os itens em que a vazão é maior e pode ser controlada? Segundo o consultor Paulo Costa, da H2C, empresa especializada em programas de uso racional da água, em termos proporcionais, o banheiro é o local que concentra os maiores gastos: representam 73% do consumo total de uma residência. O grande vilão é o chuveiro (46%) que, dependendo do modelo, pode despejar de 8 a 20 de litros de água por minuto. “A ducha é responsável por quase metade da utilização de água em uma casa. Por isso, nunca é demais reforçar a importância de banhos rápidos, de não mais que cinco minutos”, alerta Paulo Costa.
Outro item com representatividade é a bacia sanitária (14%), cujo consumo fica entre 12 e 18 litros por acionamento. Já os lavatórios têm gastos estimados em 13%. As torneiras da cozinha e da lavanderia representam, respectivamente, 14% e 13% do consumo total de uma casa. Para reduzir os gastos, algumas soluções são a instalação dos chamados equipamentos economizadores, como arejadores em duchas e torneiras, e a troca das bacias sanitárias por modelos de baixo consumo, que utilizam entre3 e6 litros de água por descarga, conforme a necessidade.
Paulo explica que atualmente há disponíveis no mercado uma infinidade de produtos voltados à economia no uso da água. A maioria é de fácil instalação e, por isso, pode ser executada pelo próprio consumidor. “Nenhuma troca de produto, porém, será eficiente se não for acompanhada de mudança de atitude. Evitar maus hábitos e vícios de desperdício é a maior contribuição que podemos oferecer para a conservação dos recursos hídricos. Vale lembrar que água tratada já é considerada um dos bens mais escassos do Planeta”, diz. A seguir, o especialista fornece orientações para reduzir o consumo residencial de água.
No banheiro
•Grande vilão do consumo de água, o chuveiro pode ter a vazão reduzida pela metade com a instalação de um restritor. “Os modelos mais simples custam a partir de R$ 5”, informa o consultor da H2C.•Bacias sanitárias antigas devem ser substituídas por modelos de baixo consumo. “Desde 2003, por norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), os fabricantes passaram a disponibilizar bacias que gastam entre 3 e 6 litros de água, contra 18 litros dos modelos produzidos anteriormente”. •Torneira fechada na hora de escovar os dentes significa economia de mil litros água/mês. Paulo Costa recomenda também: “reduza o tempo de banho em 1 ou 2 minutos e gaste até 540 litros de água a menos por mês”.
Na cozinha
•Além de reguladores de vazão nas torneiras, outra opção para gerar economia são os arejadores. “O equipamento mistura ar à água, aumentando a sensação de volume”, explica Paulo. •Atitude exemplar na cozinha é jamais lavar os pratos com a torneira aberta. O consultor indica: “enquanto estiver lavando a louça, não deixe a água escorrer. Encha uma vasilha com água de lavar e outra com água de enxaguar”.
Na área de serviço
•As torneiras da lavanderia também podem ganhar restritores de vazão, que vão diminuir de 12 litros/minuto para 6 litros/minuto o consumo de água. •Máquina de lavar, independente do modelo, deve sempre ser colocada para funcionar cheia e na capacidade máxima. “Com essa atitude simples, a economia de água no final do mês pode chagar a 3,6 mil litros de água.
(Por Graziela Silva, Mandarim Comunicação, EcoAgência, 23/03/2011)